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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Estilo: O polêmico vermelho.

Não sei se sou a melhor pessoa para falar desse assunto, mas adoro o tema e procuro me informar sempre a respeito do mesmo.
Resolvi escrever sobre estilo ao observar as pessoas ao meu redor e o que eu vejo na rua. E percebi que a maioria não costuma ter um estilo próprio, copiando sempre os modismos. Não acho ruim uma pessoa usar algo simplesmente porque acha bonito, acho ruim quando uma pessoa usa algo apenas porque os outros acham bonito. Aí mora o perigo!
Estilo é uma marca pessoal, é a identidade da pessoa sendo transmitida por suas roupas, maquiagens, acessórios e sapatos. A mensagem que seu estilo passa de você é a imagem que você tenta passar para o mundo. Claro que algumas pessoas podem demorar para entender um pouco esta mensagem, talvez por preconceito contra um determinado estilo, roupa ou cor. Mas isso não significa que deva deixar de usá-la por isso.
Vou dar um exemplo: Eu amo esmalte vermelho e batom vermelho. Dane-se se fica combinadinho. O mais complicado é que a maioria das pessoas ligam sempre o vermelho, independente do tom, à imagem de sensualidade, para não falar ligam à sacanagem mesmo. Esquecem por exemplo que o bordô (um tom de vermelho) era usado apenas pela realeza inglesa há alguns anos e que passa a imagem (para quem entende, óbvio) de sobriedade. Que tons fechados desse tom são considerados formais e não sexys. E que o vermelho cereja é um clássico que pode ser usado há qualquer hora do dia.
E é exatamente sobre o vermelho que irei falar hoje.
O vermelho é ligado pela maioria das pessoas à sensualidade, à sexualidade e ao erotismo. Controverso e muitas vezes mal falado pode ser também o queridinho de algumas pessoas, que não abrem mão dessa cor seja na maquiagem, roupas, acessórios, esmaltes ou até mesmo no cabelo.
O esmalte vermelho foi inicialmente usado pela realeza egípcia. Cleópatra chegou a proibir que as demais mulheres de seu império usassem a cor pois a queria como exclusiva. Aliás, no Egito Antigo a classe social ficava evidente pelo tom do esmalte. Apenas as nobres podiam usar tons escuros. A plebe só usava tons claros. Vai ver por isso que uma pessoa aí que eu conheço metida a se dizer da plebe só usa esmalte claro... Se eu morder língua morro envenenada. =P
Com o tempo e a ascenção do cristianismo os tons escuros passaram a ser relacionados também com o pecado, a luxúria e o mundo inferior. Mas mesmo assim a batina é preta e existem algumas vestimentas dos religiosos que são completamente vermelhas.Mas ninguém fala que batina vermelha é sexy, não?
Paralelamente, em alguns Impérios, os tons escuros, em especial os vermelhos, foram novamente se tornando quase exclusivos da realeza. No reinado de Henrique Tudor, na Inglaterra Medieval, apenas a rainha podia usar o bordô. Ana Bolena causou polêmica quando desafiou os costumes e apareceu em um baile usando um vestido dessa cor. Ah,esqueci, os moralistas consideram mulheres como Ana Bolena como, desculpe a indelicadeza das palavras, putas. Afinal, ela "roubou" o marido da rainha. Exatamente o tal do Henrique Tudor. Aliás, ela foi a segunda esposa dele. E o infeliz se casou mais uma renca de vezes depois disso. Ela que é puta ou ele que era um galinha? Acredito mais na segunda opção, mas a história é machista...
Hoje em dia, o vermelho é sinônimo de luxo, de riqueza e de poder. Quer algo mais ousado do que poderosas unhas vermelhas ou aquele batom perfo da Chanel, em vermelho cereja meu sonho de consumo número 1? Mas ainda assim o preconceito contra a cor ainda existe.


Beijos e Queijos
Flá Mazzini

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